1 de mar. de 2010

O Brasil não pode perder o rumo!

   Depois de cinco anos no azul, o país voltou a registrar déficit nas suas transações com o exterior em 2009. A trajetória é de franca deterioração: há quem preveja rombo de até US$ 60 bilhões até dezembro, o que tende a deixar a economia brasileira bem mais vulnerável em relação a turbulências no cenário internacional.

   No ano passado, os investimentos estrangeiros no país tiveram a maior queda entre as principais nações do mundo. O saldo da balança comercial só faz minguar. Tudo somado, parece certo que a gestão petista legará ao próximo presidente uma situação de déficit externo recorde, verdadeira “herança maldita” para o futuro do país.

  A balança comercial é outra fonte de excedentes em dólar capazes de reduzir a dependência externa da economia. Mas este também é um componente em ágil retrocesso no país. Previsões colhidas pelo BC estimam que o saldo comercial cairá a menos da metade em 2010, para algo em torno de US$ 10 bilhões, uma vez que as importações devem crescer num ritmo duas vezes maior do que as exportações. Para 2011, a estimativa é de nova e mais expressiva redução. A depender do comportamento das cotações das commodities, cujo quinhão nas nossas vendas ao exterior é crescente, o superávit comercial pode até desaparecer.


  País que tem suas contas externas no vermelho depende da entrada de capital de fora para se financiar. Se ao rombo corresponder a ampliação de investimentos produtivos, menos mal. Mas o que se vê na gestão petista não é isso, mas sim o gasto público em acelerada expansão. Noutra perna cresce também o consumo imediato. Ou seja, os dólares dos quais a economia brasileira tem dependido, em boa medida, não estão indo ampliar nossa capacidade de produção, o que é temerário.

  Tudo somado, significa que o país está assumindo riscos crescentes. Numa situação assim, qualquer espirro na economia mundial tenderá a nos afetar de maneira mais intensa. Aceitar conviver com déficits crescentes equivale a encurtar o horizonte de crescimento da economia brasileira.
 
ESTAMOS DE OLHO

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