Integrantes do governo e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram evasivos ao comentar as declarações do presidente, que comparou os dissidentes de Cuba a presos comuns e defendeu o sistema judiciário na ilha. Já deputados da oposição criticaram duramente a postura de Lula que, segundo eles, desqualifica o Brasil no cenário internacional. Em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que uma das formas de acabar com episódios como a greve de fome dos dissidentes é ajudar Cuba a se desenvolver e eliminar o embargo comercial.
Já a ministra da Casa Civil e candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, ao ser perguntada sobre o caso por três vezes, disse que não criticará Lula "nem que a vaca tussa", e repetiu que compartilha integralmente de sua política externa.
- Vocês não vão me tirar aqui uma crítica ao presidente nem que vaca tussa. Dilma parece
Mais do que o que ele disse (sobre política externa), é o que ele fez. Sabem por quê? Porque ele nos deu orgulho de ser brasileiros, ele nos deu dignidade mundial - afirmou Dilma, depois de ser lembrada que ela mesma foi presa política durante a ditadura brasileira.
Segundo Celso Amorim:- Eu acho que o presidente, que teve experiência ele próprio de ter feito greve de fome, exerce uma autocrítica em relação a isso.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), foi à sede provisória do Palácio do Planalto entregar a carta de um grupo de dissidentes cubanos pedindo que Lula interceda para que o governo de Cuba liberte 20 presos políticos, evitando, assim, a morte do jornalista opositor Guillermo Fariñas, em greve de fome.
- Foi uma frase infeliz nivelar os prisioneiros de consciência aos presos comuns. Ele nivelou ele mesmo e Dilma a ladrões e estupradores.
Provavelmente a conduta adotada pelo presidente irá refletir negativamente nas urna, a aproximação do governo brasileiro com o Irã demonstra a falta de habilidade do Itamari.
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